sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O CAMINHO SEMPRE NOVO DA ARTE


A arte sempre é uma porta aberta, um convite para o espectador penetrar em um universo cheio de surpresas. O assombro e a admiração provocados pela arte despertam o espírito humano para realidades transcendentes - uma nostalgia daquilo que não se vê.
Em se tratando de arte sacra, inspirada na contemplação de Cristo, essa experiência torna-se uma fonte que alimenta diretamente o espírito, sendo instrumento de evangelização e catequese. O então cardeal Ratzinger, na introdução ao Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, ponderou: "Também a imagem é pregação evangélica. Os artistas de todos os tempos ofereceram à contemplação e à admiração dos fiéis os fatos salientes do mistério da salvação, apresentando-os no esplendor da cor e na perfeição da beleza. Isso é um indício de como hoje, mais que nunca, na civilização da imagem, a imagem sagrada pode exprimir muito mais que a própria palavra, uma vez que é muito eficaz o seu dinamismo de comunicação e de transmissão da mensagem evangélica".
De fato, não há como permanecer o mesmo depois da contemplação de uma obra que nos remete ao sagrado. A experiência atinge lugares do nosso coração onde jamais seriam alcançados pela razão. É um caminho privilegiado de uma autêntica experiência de fé.

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